Qual é o preço da vida? Imperceptível à sociedade a questão que na lei funciona de uma forma e, na prática, de outra. Na legislação, o pai deve oferecer trinta por cento da sua renda completa aos filhos, um valor razoável para manter um certo nível de vida para eles, até que se tornem independentes. Porem, na prática, os pais estão escondendo suas rendas para simular que são miseráveis e não têm condições financeiras para pagar mais que trinta por cento do salário mínimo, ou seja, a quantia de cento e sessenta e três reais por mês. Como são miseráveis!
Pessoas sem amor, sem caráter, colocam suas próprias vidas em prioridade, em detrimento da qualidade de vida dos seus próprios filhos. Quem decidiu pela paternidade, por motivos medíocres, como ‘ferrar a mãe’ não assume a responsabilidade. Em entrevista com o promotor de justiça de Pirenópolis, Goiás, Rafael de Pina Cabral, resta alertar às mães que estão vivendo situação semelhante. ‘O juiz não é cego, como crê o pensamento popular. Toda a manipulação que ocorre em ações como essas são perceptíveis aos olhos da justiça, que inclusive estão acostumados com esse tipo de atitude que alguns pais adotam’.
Como podem agir de má fé contra os próprios filhos, cogito. Os crocodilos comem seus próprios filhotes se não houver comida no habitat. Da mesma forma é animalesca a atitude dos pais que permitem que seus filhos passem por qualquer tipo de necessidade, que os filhos não tenham acesso a uma qualidade razoável de vida, quando quem os colocou no mundo a possui. Acontece que essa prática está se tornando cada dia mais comum. O crocodilo prefere a sua própria vida que a do filho. Já a maioria das “crocodilas” não cogita sequer entregar a guarda, se separar da sua cria. Quanto mais renegar boa comida, boa formação escolar e cultural e boa babá.
Para se ter idéia de como é importante o papel da mãe para seus filhos, o único caso em que um juiz considera a guarda compartilhada, segundo o advogado Murilo Mendes, é se for do desejo da mãe. Já que a justiça abre essa brecha no pensamento, a mãe sabe melhor que ninguém o valor da vida, pois a vida já esteve em seu ventre. É uma pena que esse status muitas vezes seja subestimado e, boas mães são interpretadas como aproveitadoras de pensão, a pesar de não ser difícil encontrar mulheres assim. Porém muitas mães que não se encaixam nesse perfil estão sofrendo tal tipo de preconceito e destinadas a cuidar de todas as despesas de uma criança com irrisórios 163 reais na bolsa.
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